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19 Abr 2024

| diretor: Porfírio Silva

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Parlamento
PS recuperou Segurança Social “na vertigem do risco da privatização” herdada da direita
AUTOR

Catarina Correia

DATA

26.06.2019

FOTOGRAFIA

jorge ferreira

PS recuperou Segurança Social “na vertigem do risco da privatização” herdada da direita

“Os principais inimigos da sustentabilidade da nossa Segurança Social são aqueles que defendem a flexibilização laboral, que estiveram contra a regularização dos precários, que se opuseram ao aumento dos salários e que recusaram diversificar as fontes da Segurança Social. Nós sabemos onde eles estão e eles sentam-se, nesta câmara, nas bancadas do PSD e do CDS”, atacou hoje, no Parlamento, o deputado socialista Tiago Barbosa Ribeiro.

 

Intervindo durante a interpelação do Bloco de Esquerda ao Governo sobre a sustentabilidade da Segurança Social e o respeito por uma vida de trabalho, o parlamentar do PS agradeceu aos bloquistas por terem trazido este tema a plenário, que “permite demonstrar o sucesso do caminho que fizemos e a enorme distância a que estamos do ponto em que partimos”, quando o atual Governo tomou posse e encontrou uma “Segurança Social fragilizada, depauperada e na vertigem do risco da privatização”.

O Partido Socialista demonstrou que, “ao contrário do que a direita dizia e inscreveu no seu programa e no famoso plano de estabilidade para esta legislatura, não era necessário cortar pensões, não era preciso plafonar, não era preciso iniciar o processo de desmantelamento da Segurança Social de todos os portugueses para a transformar numa Segurança Social de alguns”, frisou.

Segundo Tiago Barbosa Ribeiro, “PSD e CDS abalroaram a confiança dos portugueses no sistema quando propuseram um corte de 600 milhões de euros nas pensões a pagamento e quando puseram no programa eleitoral que iam privatizar uma parte dos seus descontos”.

No entanto, o PS sempre recusou esse caminho e hoje tem “a certeza de que ele estava profundamente errado e que o Partido Socialista e esta maioria estavam no caminho certo”, congratulou-se.

E deixou um alerta às bancadas da direita: “Não contam com o Partido Socialista para aventuras com reformas dos portugueses”, uma vez que o PS ouve “com regularidade, vindo do PSD, apelos a um amplo consenso para uma reforma nesta matéria”. Ora, o socialista deixou claro que “não é possível qualquer diálogo nesta matéria que tenha como pressuposto cortar, privatizar e plafonar”.

 

Direita portou-se como “raposa no galinheiro” nas políticas de emprego

Também o emprego em “qualidade e quantidade” é importante para uma Segurança Social sólida, destacou o deputado do PS, que recordou que, “perante a catástrofe que se abateu sobre o mercado de trabalho na anterior legislatura, a direita comportou-se como uma raposa no galinheiro e, em vez de utilizar as políticas públicas para inverter o desemprego e o emprego de má qualidade”, preferiu “utilizar essa diminuição de receitas como argumento para ir ao osso da Segurança Social lançando o pânico para promover uma agenda privatizadora”.

O Partido Socialista fez o inverso, porque “entende que não é possível resolver a sustentabilidade financeira ou social do sistema de pensões se a economia estiver a andar para trás, se não houver emprego e salários dignos”, asseverou Tiago Barbosa Ribeiro.

 

Wanda Guimarães ataca PSD por falar em “respeito pelos trabalhadores”

A deputada do PS Wanda Guimarães também aproveitou para lançar críticas ao PSD devido à sua prestação no debate de hoje: “O PSD a falar de respeito pela vida dos trabalhadores, quando enviou milhares de trabalhadores para o desemprego e enxotou outros tantos para fora de Portugal. Haja decência”.

De acordo com a socialista, a sustentabilidade da Segurança Social foi posta em causa pelo anterior Executivo da direita não só por causa do “congelamento e cortes pensões, do desemprego em flecha ou da emigração”, mas igualmente pelas “opções políticas conscientes no sentido de abrir caminho ao plafonamento e a sistemas privados de Segurança Social”.

“Durante dois anos consecutivos houve a necessidade de proceder a transferências extraordinárias de mais de dois mil milhões de euros de modo a compensar o défice das contas”, lamentou a parlamentar, que sublinhou que, “com o Governo do PS, é o segundo ano seguido em que não existem transferências extraordinárias pela simples razão de que não são necessárias”.

AUTOR

Catarina Correia

DATA

26.06.2019

Capa Edição Papel
 
EDIÇÃO Nº1418
Janeiro 2024