1492

26 Abr 2024

| diretor: Porfírio Silva

EDIÇÃO DIGITAL DIÁRIA DO ÓRGÃO OFICIAL INFORMATIVO DO PARTIDO SOCIALISTA

António Costa em Abrantes
Cada voto é decisivo para derrotar a direita
AUTOR

J. C. Castelo Branco

DATA

01.10.2015

FOTOGRAFIA

Clara Azevedo

Cada voto é decisivo para derrotar a direita

“Cada voto é decisivo”, defendeu ontem António Costa, num almoço-comício em Abrantes, acrescentando que depois de PSD e CDS terem estado quatro anos “a governar contra os portugueses, no domingo será a altura de os portugueses votarem contra quem governou contra os portugueses”.

 

O Secretário-geral do PS reiterou que o Governo da direita “fracassou em todos os objetivos” depois de quatro anos de políticas de austeridade além do acordado com a troica, não merecendo por isso a confiança dos portugueses.

“Não é possível ter confiança em quem, em vez de se fixar no futuro, está esgotado no seu próprio passado”, disse.

António Costa sustentou que o PS é o “referencial de estabilidade de que o país precisa” e o único que, se ganhar sem maioria absoluta, é “capaz de fazer pontes com a sociedade portuguesa e assegurar condições de governabilidade”.

Apesar da cultura do “medo” que a direita tenta transmitir, o líder socialista defende que “o único medo que há em Portugal” atualmente é o medo da coligação do “resultado que vão ter no próximo domingo”.

Reiterando o papel do PS como “partido do diálogo e da concórdia nacional”, António Costa fez um apelo ao voto e contra a abstenção no sufrágio de 4 de outubro.

“Ficando em casa não resolvem nada, não escolhem, não decidem. E deixam a decisão e a escolha aos outros que saem de casa. A pior coisa que pode acontecer é na segunda-feira acordarem e dizerem ‘ai se eu soubesse tinha lá ido, ai que disparate eu fiz’”, disse.

Segundo o Secretário-geral do PS, é preciso “novo governo com olhos postos no futuro e sem estar esgotado na discussão e nas respostas do passado”. Ou seja, frisou, um Executivo “capaz de abrir um novo ciclo de esperança”.

António Costa lembrou, uma vez mais, que o PS se apresenta às legislativas de domingo com um programa tornado público, “não escondido” e “com as contas feitas”.

Acrescentando que “palavra dada é palavra honrada e será assim que vamos governar o país”.

 

 

Direita espalha mentira e medo

O cabeça de lista socialista pelo círculo de Santarém, Vieira da Silva, interveio também no almoço-comício, onde acusou a coligação PSD/CDS-PP de fazer uma campanha baseada na “mentira” e na exploração do “ medo” e apelou à concentração dos votos no PS.

Na sua intervenção, o ex-ministro socialista criticou Passos Coelho e Paulo Portas pelo facto de terem optado por “uma campanha de cara escondida e de medo, porque não gostam que o povo se lembre que os que se candidatam a primeiro-ministro e vice-primeiro-ministro foram os mesmos que cortaram salários e pensões. Mas a resposta deles foi mais radical, foi PaF”.

Segundo Vieira da Silva, a campanha feita pela coligação PSD/CDS tem tido, desde a primeira hora, como objetivo “assustar” os portugueses, “depois de não terem apresentado qualquer programa”.

O vice-presidente da bancada socialista referiu que “a coligação PSD/CDS disse coisas inenarráveis, de que com o PS viria a instabilidade, esquecendo que não houve maior instabilidade do que com este Governo de direita sobretudo para quem mais sofreu”.

Vieira da Silva defendeu ainda a concentração de votos nos socialistas para derrotar a direita. “Cabe quase exclusivamente aos socialistas esse não rotundo às políticas de destruição do país num voto pela positiva, pela afirmativa, num voto em António Costa”, disse.

Capa Edição Papel
 
EDIÇÃO Nº1418
Janeiro 2024