O PS realiza, nos próximos dois dias, as suas jornadas parlamentares. Pela terceira vez é escolhido o distrito de Vila Real.
Em 1984, ainda um jovem dirigentes da JS, perguntamos ao Walter Rosa sobre a razão que levava a que as reuniões do grupo parlamentar se realizassem sempre nos grandes centros. Rosa foi curto e grosso – já reparaste na distância?
Não mais o largamos. E mesmo depois de ter passado a tarefa a José Luís Nunes, mantivemos, com Fillol Guimarães, na altura deputado pelo circulo de Vila Real, a pressão e o interesse. Foram dias de frio e de trabalho forçado. O PS só tinha uma câmara municipal, ser do PS era um atrevimento, vivia-se o governo do Bloco Central.
Em 1997, assumindo então a incumbência de liderar uma lista para a edilidade vila-realense, foi fácil convencer Francisco Assis e António Costa da obrigação que o partido tinha para com a nossa luta. Também resultava da nossa amizade e de uma resposta a um sinal de Almeida Santos, com quem trabalhávamos. Nesse tempo o PS já tinha metade dos municípios do distrito e esforçava-se para conquistar a capital, o que não conseguiria.
Por agora, neste ano em que a vida política se afirma muito interessante e exigente, regressa a Vila Real o grupo parlamentar. Não deixa de ser importante um agradecimento ao Carlos César que corresponde com um “sim” a uma amizade que vem de 1980, e ao António Costa com a dedicação de sempre o distrito. Por agora o PS é o partido maioritário nas autarquias e tem, finalmente, a presidência da maior cidade, centro universitário e urbe de referência.
As jornadas são muito relevantes para o distrito e para a região. A regionalização é o tema recorrente. Assim foi em 1984 e em 1997, assim é agora.
Aos deputados socialistas queremos, enquanto primeiro deputado eleito pelo distrito, deixar uma mensagem de saudação e um agradecimento sentido.
