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27 Mar 2024

| diretor: Porfírio Silva

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União Europeia
Respostas concretas aos cidadãos para travar corrida ao abismo
AUTOR

Mary Rodrigues

DATA

15.11.2016

FOTOGRAFIA

DR

Respostas concretas aos cidadãos para travar corrida ao abismo

Dar respostas concretas aos cidadãos europeus é a melhor maneira de travar a corrida para o abismo na União Europeia, defendeu o primeiro-ministro português, em Madrid, no final de um almoço de trabalho com o Presidente do Governo espanhol.

 

António Costa e Mariano Rajoy discutiram questões bilaterais, questões europeias, nomeadamente a agenda da próxima cimeira europeia, que se realiza em Bruxelas a 15 e 16 de dezembro, e questões internacionais.

Segundo Costa, a melhor resposta perante a ameaça terrorista não é fechar as fronteiras, mas “aumentar a cooperação” europeia nas áreas policial, judicial ou serviços de segurança.

“Temos de investir na cooperação com os países africanos para conter na origem a pressão migratória”, sublinhou, reafirmando que uma boa resposta não passa por protecionismo.

No âmbito das relações bilaterais, o primeiro-ministro classificou-as como “excelentes, explicando que por isso a atenção foi concentrada nos assuntos da União Europeia.

Recorde-se que a Espanha tem atualmente um crescimento forte, que tem contribuído também para um bom desempenho das nossas exportações, que ao longo deste ano tiveram uma subida de mais de 5%, referiu o Primeiro-Ministro.

Por sua vez, Lisboa receberá, a 28 de janeiro, a cimeira dos países mediterrânicos da UE “que visa dar um contributo positivo destes países para enriquecer o debate, que deverá culminar em Roma, com um novo impulso à UE, para enfrentarmos o populismo, as derivas protecionistas, os que exploram a insegurança que o cidadão comum tem relativamente ao futuro”.

Para isto, defendeu António Costa, “precisamos de uma Europa forte, que saiba defender as suas fronteiras externas, que saiba ser solidária dentro das suas fronteiras internas, que seja capaz de apostar num novo impulso ao crescimento económico, à criação de emprego, à convergência, à estabilização da zona euro, o que exige o empenho e o esforço de todos”.

E acrescentou que “este é um contributo comum, não para dividir, mas para termos uma Europa mais unida em torno destes valores comuns”.

Na sua declaração inicial, o governante português desejou os maiores sucessos ao novo Governo espanhol, referindo que os seus sucessos serão também os sucessos de Espanha, da Europa e de Portugal, que é seu vizinho.

Destacou, por último, a confiança mútua que existe entre ambos os países e ambos os governos.

“Esta confiança mútua é feita de amizade entre os dois povos, de estreitas relações económicas, e de trabalho político comum entre todos os Governos de Espanha e todos os Governos de Portugal”, concluiu Costa.

 

Cimeira luso-espanhola na Primavera

Sobre a cimeira luso-espanhola, que se realiza em Portugal no início da Primavera, Costa disse que começará em Espanha para uma descida do Douro internacional.

Recorde-se que a referida cimeira, que se realiza anualmente desde 1983, não se realizou ainda em 2016 por Espanha ter estado nos últimos 10 meses com Governos de gestão.

O presidente do Executivo espanhol, Mariano Rajoy, sublinhou a importância de Portugal e Espanha continuarem a coordenar posições em várias organizações internacionais, tendo António Costa agradecido o apoio de Espanha à eleição de António Guterres como secretário-geral das Nações Unidas.

Os dois governantes referiram ainda a visita que os reis de Espanha vão realizar a Portugal de 28 a 30 de novembro e a cimeira dos países do sul da União Europeia que terá lugar em Lisboa a 28 de janeiro próximo.

 

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EDIÇÃO Nº1418
Janeiro 2024