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19 Abr 2024

| diretor: Porfírio Silva

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Opinião

AUTOR

Ascenso Simões

DATA

25.01.2018

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Grupo Parlamentar

O Partido Socialista é o partido mais livre de todos os que têm assento parlamentar.  Não o é só na forma como aceita as opções de cada um dos seus militantes e como se não baliza a uma permissão das minorias com condescendência ou como peso de consciência. 

 

Claro que houve tempos difíceis, que nem sempre se constatou a eupatia para a normalidade do cânone, mas essas parcas exceções fazem cumprir a regra. 

O Grupo Parlamentar é um espaço partidário onde essa prática de debate e de liberdade é vivida ao dia. Dezenas de protagonistas políticos, com origens pessoais e profissionais advindas de muitos universos, com as suas leituras e com os seus estilos, são o de mais valioso que pode existir.

É também o grupo socialista o que mais debate, o que mais tenta integrar, o que mais se expõe nas diversas bondades e fragilidades de cada personalidade. As últimas jornadas parlamentares, realizadas esta semana em Coimbra, demonstraram, mais uma vez, esse partido, essa liberdade, essa coragem. 

Em sentido inverso, dizem os jornais de hoje, o PPD/PSD debate a transparência à porta fechada, exime-se a uma leitura que se deveria impor perante o país – este tema é relevantíssimo e não pode ser o secretismo a base para o tratar. 

Gostaria de trazer aqui as duas leituras que se verificam quanto ao trabalho dos parlamentares socialistas. A primeira a que se vê de dentro. Os eleitos para a Assembleia da República vivem num ecossistema muito próprio. Muitas vezes o imenso trabalho que se desenvolve e o esforço que se coloca em cada processo recebem injustiça na apreciação; outras vezes os olhares que se impõem do exterior, as histórias que o tempo já nos deu, fazem com que importe parar para pensar. Isso não tem mal nenhum, mas deixa-nos, aos que se colocam no olho crítico dos outros, com um sentimento de “pecado”. 

A segunda linha é a do olhar externo. Esse ponto de observação deve confortar-nos. É para mim claro que os portugueses encontram no PS a competência, a inteligência, a agilidade política e a arte do compromisso que fazem andar o processo legislativo, que incrementam o debate político, que separam as águas das opções programáticas e que asseguram o bom desempenho da governação especial em que estamos. 

Ora, qual destas circunstâncias é a mais relevante perante os portugueses? Para mim é sempre a segunda. Mas podemos esquecer-nos que o PS tem jogadores que importa colocar bem em campo, tem protagonistas que podem, a cada tempo, valorizar o prestigio legislativo e o bom tempo parlamentar? Podemos, na voracidade dos minutos exíguos, esquecer o que de valioso existe e ainda se não deu a conhecer? Podemos, por exaustão, esquecer a criatividade que no PS nunca nos falta? Não, não podemos. Estamos muito bem, mas nunca poderemos deixar de esperar mais e melhor. Este é sempre o meu espírito, é o espírito que constato quando o tempo do tempo nos autoriza a distensão e a conversa solta. Sermos o melhor partido e o melhor grupo parlamentar só exige que sejamos ainda melhores. 

AUTOR

Ascenso Simões

DATA

25.01.2018

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EDIÇÃO Nº1418
Janeiro 2024