O PS apresentou ontem um projeto-lei com vista a limitar o controlo do registo de interesses dos dirigentes e do secretário-geral dos serviços de informações apenas aos membros do Conselho de Fiscalização do Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP), contrariando assim um diploma da maioria PSD/CDS no sentido de tornar essa informação pública.
Em conferência de imprensa, o deputado socialista Jorge Lacão partilhou as críticas já manifestadas pelo secretário-geral do SIRP, Júlio Pereira, em relação ao registo de interesses, classificando a intenção da maioria de “inapropriada” e “irresponsável” por colocar em causa "o necessário grau de reserva" inerente às funções de direção de serviços de informação.
Jorge Lacão frisou ainda que o diploma do PS em nada diminui o âmbito das matérias que dirigentes e agentes dos serviços de informações são obrigados a inscrever no respetivo registo de interesses, nomeadamente eventuais ligações a entidades como obediências maçónicas.
