A deputada socialista albicastrense Hortense Martins saudou o ministro Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, pela decisão de sedear a Secretaria de Estado da Valorização do Interior em Castelo Branco.
“Muito obrigada, as populações agradecem”, afirmou a deputada socialista, no Parlamento, num debate com o governante, na passada sexta-feira, para discutir a Interioridade.
“Acredito que é mais do que um gesto simbólico. Eu espero que seja um testemunho do compromisso deste Governo pela localização de serviços públicos no interior”, disse, por sua vez, o ministro Siza Vieira.
A abertura de novos serviços públicos “deve fazer-se preferencialmente para o interior do país”, afirmou o mesmo responsável.
Hortense Martins dirigiu-se ainda à bancada do PSD e falou do manifesto do Partido Socialista de Castelo Branco. “Do PSD não se conhece nenhum manifesto, porque são zero as medidas deste partido para o Interior”.
A parlamentar lembrou que foi durante o Governo PSD/CDS que houve um “retrocesso económico e social sem precedentes” naquele distrito que perdeu mais de 10 mil pessoas, o dobro da média do país. A socialista recordou também que a natalidade caiu 19% nesse período. “É contra isto e para recuperar disto que temos de lutar”, afirmou.
Hortense Martins falou ainda das portagens na autoestrada da Beira Interior e pediu seriedade à direita. “O que nos comprometemos foi à avaliação do regime de portagem imposto pelo PSD na Beira Interior operando uma redução ou até a sua isenção e é este o compromisso que estamos a cumprir”, disse. A deputada aludiu à descida de 15% nas portagens no interior que foi implementada logo no início desta governação, na sequência do compromisso assumido por António Costa na altura que era candidato a primeiro-ministro. “Vamos continuar”, afirmou a deputada.
A secretaria de Estado que vai agora para Castelo Branco foi criada na sequência da remodelação governamental levada a cabo recentemente e é liderada por João Paulo Catarino, antigo presidente da Câmara Municipal de Proença-a-Nova. Esta medida junta-se a um conjunto de outras em defesa do Interior num investimento total de 1700 milhões de euros.
