Em fim de ciclo, o Governo da coligação PSD/CDS falhou os objetivos que se tinha proposto e demonstra que as suas soluções estão esgotadas. Portugal e os portugueses ficaram para trás. Estes são os sete pecados capitais de quatro anos de governação da direita:
1 - Mentira eleitoral com a promessa de não subir os impostos e de não cortar os salários e as pensões
O Governo reincidiu no corte de salários e pensões e só foi travado pelo Tribunal Constitucional.
Os impostos sobre as famílias subiram como não há memória.
2 - Aumento do desemprego, da precariedade e da emigração
A política de austeridade imposta pelo Governo acelerou a destruição de emprego e a degradação da sua qualidade.
A vaga de emigração foi a maior desde a década de 1960.
3 - Asfixia da classe média, em particular com o enorme aumento de impostos
A classe média foi esmagada com um brutal aumento de impostos, cortes nos salários e pensões, desemprego em níveis históricos, subida de preço de serviços essenciais, eliminação de apoios sociais e aumento das rendas.
4 - Aumento da pobreza e das desigualdades
O Governo cumpriu a promessa do primeiro-ministro de que os portugueses iriam empobrecer.
A política de empobrecimento resultou numa forte diminuição do rendimento disponível das famílias, na deterioração das condições de vida dos portugueses, no agravamento da situação social no país e numa maior assimetria na distribuição de rendimentos.
5 - Abandono da prioridade ao Conhecimento com desinvestimento na Educação, na Ciência e na Cultura
As políticas do Governo resultaram na diminuição do papel das instituições de ensino, na descredibilização da classe docente, no aumento da retenção e desistência escolar no ensino básico, na destruição da formação de adultos e no desinvestimento nas unidades e bolsas de investigação. A Cultura foi esquecida.
6 - Ataque aos serviços públicos e incompetência na sua gestão
A direita foi igual a si própria na gestão dos serviços públicos de Saúde, Educação, Segurança Social e Justiça. Diminuiu a qualidade dos pilares do Estado Social e incentivou o recurso aos serviços privados, em muitos casos subvencionados através do erário público a custos mais elevados.
O caos na abertura do último ano letivo, nos serviços de atendimento da Segurança Social, nas urgências hospitalares e na organização e funcionamento dos tribunais são marcas de uma atitude irresponsável e negligente no tratamento dos serviços públicos, com impacto dramático na vida de milhares de portugueses.
7 - Quebra de mais de 25% no investimento público e privado
Atualmente o país investe menos 25% do que investia quando este Governo entrou em funções. É um país governado por quem desistiu de preparar um futuro que não seja mais que o prolongamento de um presente de empobrecimento.