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27 Mar 2024

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PEDRO MARQUES
Sistema de Mobilidade do Mondego vai avançar
AUTOR

João Quintas

DATA

01.02.2019

FOTOGRAFIA

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Sistema de Mobilidade do Mondego vai avançar

O Conselho de Ministros aprovou, ontem, a implementação do Sistema de Mobilidade do Mondego. A infraestrutura, que resultará do investimento de 85M€, irá servir os concelhos de Coimbra, Miranda do Corvo e Lousã.

 

O Governo aprovou o lançamento do concurso para as obras do Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM) que servirá os concelhos de Coimbra, Miranda do Corvo e Lousã.

O Conselho de Ministros, em nota divulgada, esclarece que o SMM será desenvolvido “pela Infraestruturas de Portugal no troço do antigo ramal da Lousã e estendendo-se pela malha urbana de Coimbra, assentará numa solução de MetroBus Elétrico, a qual constitui uma opção sólida em termos de infraestrutura, moderna ao nível tecnológico e viável do ponto de vista económico-financeiro”.

Trata-se de um investimento de 85 milhões de euros com recurso a fundos comunitários, no âmbito da reprogramação do Portugal 2020, aprovada pela Comissão Europeia em dezembro de 2018.

A comparticipação comunitária “disponível neste momento corresponde a 50% do investimento global”, disse o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, na conferência de imprensa realizada após a reunião do Governo.

O ministro referiu que foram aprovadas as “autorizações de despesa para o avanço imediato da obra”, a qual “entrará pelo ano de 2020 fora” de modo a que o SMM esteja operacional “o mais cedo possível”, provavelmente em 2021, “ainda que de modo faseado”, avançou Pedro Marques.

Referindo-se às fases do projeto, o ministro das Infraestruturas informou que a obra será iniciada “pelo canal a ligar Serpins [Lousã] até ao Alto de São João”, em Coimbra, sendo que, a segunda fase, que corresponde a obras urbanas, “já poderá concluir-se em 2022” caso seja “esse o compromisso e o acordo das autarquias”.

Pedro Marques sublinhou que “a solução não fica só às portas da cidade de Coimbra”, mas tem um “potencial de mobilidade no centro urbano” de Coimbra, nomeadamente na Solum e na Linha do Hospital.

Quanto à opção pela solução “metrobus”, o governante vincou que se trata de “um sistema rodoviário e isso deve ficar claro. Contudo, a introdução dos sistemas de guiamento eletrónico, nomeadamente, e a tipologia de material circulante que pretendemos adquirir e que estivemos a estudar permitem desempenhos em matéria de segurança e de velocidades equivalentes às do metro ligeiro”, salientou Pedro Marques.

O ministro considera que a solução de ferrovia pesada “já não servia a população” e revelou que os “estudos entretanto realizados comprovam ser o meio mais adequado para o tipo de deslocações que se realizam” nos concelhos da Lousã, de Miranda do Corvo e de Coimbra.

Pedro Marques informou, ainda, que além da aprovação de 85 milhões de euros para investimento na infraestrutura, foram aprovados investimentos a realizar na estação de Coimbra-B (15 milhões) e em material circulante (20 milhões), que também terão financiamento comunitário.

 

Plano Ferrovia 2020

Pedro Marques, considera que o “Plano Ferrovia 2020, apresentado pelo Governo em fevereiro de 2016, é o mais ambicioso plano de investimento na ferrovia das últimas décadas”.

Na sua página de uma rede social, o ministro salienta que “pela primeira vez, em muitos anos, não haverá encerramento de linhas. Pelo contrário, estamos em obra para reabrir o troço Covilhã-Guarda, na Beira Baixa, e vamos construir a ligação Évora-Elvas, o maior troço a ser construído em mais de um século em Portugal”.

Segundo Pedro Marques, a demora do arranque do plano deveu-se ao facto de que “no início de 2016, não havia sequer projetos em carteira para avançar com as obras previstas nos próprios planos do governo anterior”, pelo que, “foi necessário muito trabalho para realizar os projetos técnicos de modo a que as obras há tanto adiadas pudessem finalmente avançar”.

Ultrapassada esse obstáculo, o ministro do Planeamento e das Infraestruturas destaca “o que já aconteceu e está a acontecer, nas linhas do Norte, do Minho, do Douro, da Beira Baixa, ou do Leste. E é o que vai acontecer, já a partir das próximas semanas, no corredor Évora-Elvas”.

Trata-se, de acordo com o governante, de “mais de 800 milhões de euros, cerca de 40 por cento do total. E isto quando ainda estamos a meio da execução do Plano Ferrovia 2020, cuja conclusão está prevista para o final de 2021”.

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EDIÇÃO Nº1418
Janeiro 2024