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27 Mar 2024

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Debate quinzenal
Enquanto uns criticam, Governo do PS dá respostas
AUTOR

Catarina Correia

DATA

14.05.2019

FOTOGRAFIA

jorge ferreira

Enquanto uns criticam, Governo do PS dá respostas

“O Grupo Parlamentar do PS acompanha e saúda todo o esforço deste Governo para dotar o país de um sistema de Proteção Civil mais eficaz, servido por profissionais qualificados e motivados para o apoio aos cidadãos, para o esforço de modernização tecnológica do sistema e para a cooperação entre instituições”, referiu hoje a deputada socialista Susana Amador durante o debate quinzenal, no Parlamento, com a presença do primeiro-ministro.

 

No debate, cujo tema foi a estratégia e gestão integrada de fogos rurais, a vice-presidente da bancada do PS saudou o Executivo por ter adotado a Estratégia Nacional para a Proteção Civil Preventiva e a consequente reforma em curso, colocando “a proteção, socorro e assistência dos cidadãos” em primeiro lugar.

“Estas respostas fortalecem-se e complementam-se com o reforço da cooperação europeia neste domínio”, tendo destacado o Mecanismo Europeu de Proteção Civil e o Fundo de Solidariedade, “que Portugal soube reforçar e ativar respetivamente em benefício das populações afetadas”, frisou.

Susana Amador sublinhou a ação do Governo, enquanto “uns criticam”: “Na sequência dos incêndios de 2017, o investimento público nas diversas áreas e domínios totaliza já 600 milhões de euros financiados essencialmente com Orçamentos de Estado e fundos estruturais”.

O novo sistema integrado de gestão de fogos rurais implementado pelo Executivo do PS “aposta – e bem – na prevenção e equilíbrio no investimento, no reforço das equipas de sapadores florestais e numa melhoria significativa do dispositivo em equipamentos, na formação e meios humanos”, destacou.

Segundo Susana Amador, em 2018 registaram-se “menos 44% de incêndios rurais, menos 68% de área ardida relativamente à média anual”, realizaram-se mais “ações de gestão de combustíveis” e “a limpeza de terrenos tornou-se mais imperativa”.

Já o “envio de 20 milhões de SMS preventivos às populações de regiões em risco diz tudo da seriedade com que se têm encarado os avisos e alertas para a população”, apontou.

 

Governo duplicou a resiliência do SIRESP

O Governo também executou “um conjunto relevante de benefícios fiscais e sociais no setor dos bombeiros, espinha dorsal do sistema, que repuseram justiça”, garantiu a parlamentar.

Susana Amador falou ainda das comunicações e do SIRESP, “cujos problemas o Governo anterior conhecia, mas nada fez para os resolver”, atacou. A verdade é que o atual Executivo duplicou a sua resiliência, em 2018, “com a aquisição de quatro novas estações móveis, foram resolvidas soluções de redundância da comunicação satélite em 451 estações base e os bombeiros têm 100% de cobertura do SIRESP GL”.

O Partido Socialista reconhece que tem ainda “que combater muitos problemas estruturais e inverter fragilidades do sistema, mas a sua melhoria e reforço continuado – tal como referiu o senhor primeiro-ministro nesta Câmara em 2017, ‘é a nossa causa’”, asseverou.

 

Usar perdas humanas como arremesso político é um “deplorável oportunismo”

O deputado do PS João Marques também interveio no debate quinzenal, referindo que “a ocorrência de eventos climáticos extremos e as suas consequências fazem parte das cinco maiores ameaças mundiais, como foi recentemente assumido pelo Fórum Económico Mundial”, algo “muito preocupante”.

Daí que “ignorar as alterações climáticas e a sua ameaça” seja uma “irresponsabilidade política”, assegurou. “Mas usar as suas consequências, as perdas humanas e materiais, como arma de arremesso político não passa de um lamentável e deplorável oportunismo político sem sensibilidade social e apenas com objetivo de mera demagogia eleitoral, como infelizmente tantas vezes já vimos aqui a direita fazer”, criticou.

E o Governo, mais uma vez, agiu, pondo em prática a reforma da floresta. Falar da reforma da floresta é falar do “interior desertificado”, que mais “sofre com as alterações climáticas, com a seca, com os incêndios”, sublinhou.

Ora, “o alargamento do Regime de Cadastro Simplificado a todo o território nacional é um passo crucial nesta reforma da floresta”, defendeu João Marques, que apontou que “o conhecimento do território e dos seus titulares permitirá a sensibilização para a gestão profissional e coletiva dos seus terrenos”.

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EDIÇÃO Nº1418
Janeiro 2024