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24 Abr 2024

| diretor: Porfírio Silva

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Resultados do Governo português elogiados pelo FMI em Davos
Portugal reforçou imagem de confiança para o investimento
AUTOR

Rui Solano de Almeida

DATA

20.01.2017

FOTOGRAFIA

DR

Portugal reforçou imagem de confiança para o investimento

Portugal é hoje um país seguro para o investimento, alcançou o mais baixo défice das contas públicas desde há quatro décadas, claramente abaixo do limite que foi fixado pela União Europeia, conhece uma evolução positiva do emprego e está a crescer economicamente. Foi esta a mensagem que o primeiro-ministro, António Costa, levou ontem às várias reuniões que manteve em Davos, na Suíça, no Fórum Económico Mundial.

 

Dados de uma realidade, económica e social, que António Costa considera serem “uma boa mensagem” a transmitir aos parceiros da União Europeia, à OCDE e ao FMI, mas também aos “mercados e às empresas” que pensam ou se preparam para investir em Portugal.

Segundo o primeiro-ministro português, numa altura em que a Europa e o mundo vivem um período de “grandes incertezas”, com o Brexit e com a “viragem política” nos Estados Unidos da América, com a eleição de Donald Trump, faz todo o sentido, na perspetiva de António Costa, que muitos empresários e investidores “procurem locais seguros como Portugal”, para aqui “poderem olhar para o futuro das suas economias”.

Considerando Davos uma cimeira “muito importante” e uma oportunidade de excelência para que, “apenas num dia”, se possam fazer contactos que “implicam muitas vezes semanas para se conseguir estabelecer”, o primeiro-ministro, que estava acompanhado pelo ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, e pelo secretário de Estado da Indústria, João Vasconcelos, manteve ao longo do dia de ontem várias reuniões bilaterais, nomeadamente, com a diretora-geral do FMI, Christine Lagarde, participado em diferentes sessões, reunindo-se à noite com a restante comitiva governamental, num jantar com os muitos portugueses que estiveram em Davos a trabalhar para a cimeira.

 

Lagarde felicita Governo português

Na reunião bilateral que manteve com Christine Lagarde, o primeiro-ministro anunciou à saída do encontro que a diretora-geral do FMI se tinha congratulado pelo trabalho e pelos “resultados obtidos pelo Governo português”, destacando que, ao contrário das críticas e dos avisos que aquela organização internacional tinha no princípio do ano passado, desta vez o “tom da conversa” foi mais distendido, tendo mesmo a responsável pelo Fundo Monetário Internacional elogiado os êxitos alcançados pelo Governo português, dando um “sinal de confiança” em relação ao futuro.

O primeiro-ministro foi mais longe, tendo revelado que Christine Lagarde lhe transmitiu satisfação por Portugal ter obtido resultados “surpreendentes” para aquilo que eram as próprias previsões iniciais do FMI, não só pela consolidação orçamental, mas também, como referiu, pela “criação de emprego, crescimento económico e pela estabilização do sistema financeiro”.

Palavras que o primeiro-ministro português considerou serem um sinal claro de confiança relativamente ao futuro de Portugal, vindas agora do FMI, a exemplo do que já tinha sucedido com a União Europeia, confirmando-se assim, como salientou, que era possível e viável, “como sempre dissemos”, percorrer outros caminhos e “outras políticas” com “melhores resultados”.

É bom que o FMI, como já aconteceu com outras organizações internacionais, esteja a compreender, disse ainda António Costa, que “uma coisa são os resultados que se pretende alcançar e outra são as políticas adotadas para alcançar esses resultados”, referindo a este propósito que a reposição de rendimentos, a diminuição da carga fiscal e o apoio à criação de condições para o investimento das empresas “não afastou o país desses resultados”.

 

AUTOR

Rui Solano de Almeida

DATA

20.01.2017

Capa Edição Papel
 
EDIÇÃO Nº1418
Janeiro 2024