“Só através da revitalização económica e social” dos territórios afetados pelos incêndios florestais “é possível travar o despovoamento”, defendeu o primeiro-ministro, perante os presidentes dos sete municípios do Pinhal Interior, na região Centro.
Para o primeiro-ministro, só apostando em medidas que revitalizem “económica e socialmente” os territórios afetados pelos incêndios florestais pode haver população, produção de riqueza e geração de emprego, fatores que, na opinião de António Costa, são determinantes para fixarem populações e “permitir que se possa travar o despovoamento”.
Neste sentido, e após a reunião que manteve com os presidentes dos sete municípios que integram a região do Pinhal Interior - Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos, Castanheira de Pera, Pampilhosa da Serra, Góis, Penela e Sertã - o primeiro-ministro garantiu que o Governo “tem o objetivo” de aprovar o programa de revitalização e reordenamento até meados de agosto, uma vez que é essencial, como referiu, “arrancar com os trabalhos também nessa dimensão de médio e longo prazo”.
Depois de defender que é necessário ordenar a floresta portuguesa, designadamente, como sustentou, com “espécies diversificadas, que assegurem rendimento a curto e a longo prazo” aos seus proprietários, o primeiro-ministro foi mais longe dizendo acreditar que é possível apostar numa floresta “com uma rede estrutural de proteção” devidamente consolidada e que seja um “fator de riqueza do país e não uma ameaça para as populações”.
Unidade de Missão com novo coordenador
O primeiro-ministro anunciou também que o ex-presidente da Câmara Municipal de Proença-a-Nova, João Paulo Catarino, irá assumir as funções de coordenador da Unidade de Missão para a Valorização do Interior, entidade que será sediada em Pedrógão Grande.
Uma escolha, que na opinião de António Costa, merece toda a garantia, já que se trata de um homem, como justificou, que “é da região”, que foi durante muitos anos autarcas e que “acumula uma grande competência na área florestal”.
João Paulo Catarino, que foi até há poucos dias o número dois de Helena Freitas nesta unidade de missão, é licenciado em engenharia agrónoma e do seu vasto currículo consta o desempenho, entre 1999 e 2004, das funções de vereador na Câmara Municipal de Proença-a-Nova, assumindo mais tarde a tarefa de liderar a autarquia, entre 2005 e 2016.
Desempenhou ainda a função de engenheiro florestal no Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas e foi o responsável pela Divisão do Núcleo Florestal do Pinhal Interior Sul, entre 2004 e 2005, e ainda adjunto do secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e das Florestas, em 2005.