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19 Abr 2024

| diretor: Porfírio Silva

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Serviço Nacional de Saúde prepara futuro
Prioridade aos cuidados primários e parcerias com Poder Local asseguram melhor qualidade de saúde aos portugueses

Prioridade aos cuidados primários e parcerias com Poder Local asseguram melhor qualidade de saúde aos portugueses

Até 2022, todas as autarquias do país terão uma acrescida autonomia em matéria de competências na área da saúde fruto das políticas de descentralização aprovadas pelo Governo. A previsão é do primeiro-ministro, destacando as parcerias já hoje existentes entre o Estado e os municípios.

 

António Costa foi ontem ao concelho do Cadaval, no distrito de Lisboa, inaugurar um novo centro de saúde, a exemplo do que no dia anterior tinha já feito em Odivelas, tendo manifestado a sua convicção de que dentro de três anos todos os municípios do país vão passar a beneficiar de novas competências na área da saúde, graças a uma descentralização generalizada no setor.

O novo equipamento de saúde do Cadaval, que ontem foi inaugurado pelo chefe do Governo, vai passar a designar-se Centro de Saúde António Arnaut, em homenagem ao destacado dirigente socialista e fundador do Serviço Nacional de Saúde, que faleceu no ano passado.

Para António Costa, adepto confesso das políticas de descentralização e de uma acrescida autonomia económica e financeira das autarquias, é indesmentível que haverá de futuro, com a descentralização das políticas de saúde do Estado Central para os municípios, uma acrescida qualidade nos serviços prestados aos cidadãos, lembrando o primeiro-ministro que esta cooperação, até pelas mais-valias que encerra, vai melhorar exponencialmente a qualidade da saúde dos portugueses.

Apesar de o município do Cadaval ser gerido por um partido da direita, tal não impediu, como salientou o primeiro-ministro, que entre o Ministério da Saúde e a autarquia se tivesse estabelecido “uma proveitosa parceria” para a construção de um novo centro de saúde, o que para António Costa “é uma boa prova” de que juntando esforços e dando as mãos se consegue fazer “mais e melhor”.

É este trabalho em conjunto, com os municípios a “gerir terrenos, a construir edifícios e a assegurar a manutenção e a gestão”, e o Ministério da Saúde a “dotar os serviços das capacidades humanas e dos recursos técnicos” que, na opinião do primeiro-ministro, vai permitir “assegurar a qualidade de saúde a todos”.

 

Seguir o legado de António Arnaut

Mas se as políticas de descentralização, não só na área da saúde, estão com este Governo a dar agora os primeiros passos, nem por isso o passado recente foi deixado para trás, garantindo António Costa que o Governo que lidera tem vindo a repor os “níveis orçamentais” que havia no Serviço Nacional de Saúde antes da crise, com o pressuposto de continuar a trabalhar no “legado deixado por António Arnaut” e assim proporcionar às próximas gerações “um SNS com futuro”.

Neste sentido, acrescentou ainda António Costa, o Governo tem dado prioridade ao “investimento nos cuidados primários de saúde”, lembrando a propósito que está prevista a construção de 79 novos centros de saúde, 30 dos quais serão abertos aos utentes até ao final deste ano de 2019”, com a área da Administração Regional de Saúde e de Lisboa e Vale do Tejo a beneficiar com mais 18 novas unidades de saúde.

Todos eles, como realçou mais à frente o primeiro-ministro, com “melhores condições de trabalho para os profissionais e uma maior diversificação da oferta dos serviços prestados e novas valências”, designadamente em áreas como a “saúde mental e a saúde oral”, para além, como também aludiu, dos “cinco novos hospitais” já programados e para os quais o Governo tem estado a permitir a “contratação e a formação de recursos humanos”.

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EDIÇÃO Nº1418
Janeiro 2024