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18 Abr 2024

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Caixa Geral Depósitos
PS quer que se apure “o mais rápido possível” responsáveis pela má gestão
AUTOR

Catarina Correia / Partido Socialista

DATA

25.01.2019

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jorge ferreira

PS quer que se apure “o mais rápido possível” responsáveis pela má gestão

O vice-presidente da bancada do PS João Paulo Correia salientou ontem, no Parlamento, durante o debate de atualidade sobre a Caixa Geral de Depósitos (CGD), que a posição do Partido Socialista é “clara” e está “bem vincada”: “Que se apure o mais rápido possível as responsabilidades e os responsáveis pela má gestão e pela gestão danosa na Caixa Geral de Depósitos”.

 

“Esta nossa posição, que reclama responsáveis e responsabilidades, não é só perante o Banco de Portugal, não é só perante o trabalho do Ministério Público que representa o povo português, como também perante a atual administração da Caixa Geral de Depósitos, que deve apurar a responsabilidade civil e criminal dos administradores e dos gestores que participaram nessa má gestão ou na eventual gestão danosa”, alertou.

Dirigindo-se às restantes bancadas, João Paulo Correia não deixou de sublinhar que “se este debate se realiza hoje é porque foi determinada uma auditoria externa e independente à Caixa Geral de Depósitos” pelo Governo do Partido Socialista.

E isto aconteceu “antes de o Parlamento aprovar a realização de uma auditoria à Caixa Geral de Depósitos, auditoria essa que não teve o voto favorável do PSD”, atacou.

O deputado acusou PSD e CDS de apenas quererem saber o que se passa na CGD. “Mas, para além de saber o que se passa na CGD, é necessário saber o que se passou nos outros bancos, porque quando ninguém emprestava dinheiro à banca privada, como o BCP e o BPI, foi o Estado que emprestou dinheiro”, frisou.

“CDS e PSD não querem saber o que se passou também nesses bancos, que foram salvos pelo dinheiro emprestado pelo Estado português”, avisou.

João Paulo Correia lembrou depois que a CGD começou a dar prejuízo no ano de 2011. Ora, “as imparidades registadas na Caixa Geral de Depósitos no final de 2013 ascendiam a 4500 milhões de euros, mas no final de 2015 as imparidades dispararam para 5200 milhões de euros. Onde é que andou o anterior Governo PSD/CDS?”, questionou o parlamentar, que acusou estes partidos de apenas quererem privatizar o banco público.

Durante o debate, o vice-presidente da bancada socialista deixou também um alerta: “O PS não recebe nem tem razões para receber lições de moral do Bloco de Esquerda ou de qualquer outro partido”.

 

António Costa lembra que foi o atual Governo quem pediu auditoria

Este tema foi ontem também abordado pelo primeiro-ministro, tendo António Costa recordado que se deveu ao atual Governo do PS a iniciativa de solicitar a auditoria à gestão do banco público.

Falando à margem de uma iniciativa pública, António Costa disse, a propósito do debate suscitado, “estranhar que, muitos dos que falam atualmente na auditoria, quando estiveram no Governo não a pediram”, lembrando ainda que foi o atual Governo quem instruiu a administração da CGD para que se constituísse assistente em processo crime, “de forma a poder exercer os direitos que tem, sendo ressarcida de danos que tenha sofrido”. 

“Depois, a CGD pode e deve agir tendo em vista, do ponto de vista cível, recuperar e exercer os seus direitos. Essa foi a orientação dada pelo Governo à CGD e que a Caixa concretizou”, salientou.

AUTOR

Catarina Correia / Partido Socialista

DATA

25.01.2019

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EDIÇÃO Nº1418
Janeiro 2024